Aqui darei algumas explicações sobre essas e outras questões.
Todo aeroporto ou aeródromo precisa de uma pista onde possa ser realizado pousos e decolagens. Esta pista pode ser de asfalto, concreto, grama, terra ou pedra. Precisa ser em uma área plana e ser longa o suficiente para permitir operações de abortagem de decolagem e arremetidas, e para permitir a frenagem de aviões que pousam. Ainda existe as pistas auxiliares de taxiamento de aeronaves, conhecidas como taxiways, que permite a movimentação para o pátio. Essas pistas são menores que a pista principal.O principal fator que é levado em conta para a construção da pista e seu posicionamento é o vento. Sim, a pista precisa ser projetada para ser construída numa área em que o vento tenha pelo menos 95% do tempo paralelo a pista. Isto se faz para evitar que as pistas sofram com o vento lateral ou de través, este tipo de vento atrapalha as operações de pouso e decolagem e por isto não é bem vindo.
Vista do Google Street View - Aeroporto Cal de Cans, Belém |
A melhor opção de realizar um pouso é com o vento em sentido contrário ao da aeronave. Assim permite melhor sustentação, estabilidade e segurança. Como já foi dito, ventos laterais são perigosos e causam turbulências. Nos aviões pequenos podem causar até acidentes graves.
Quanto a nomenclatura ou aqueles números pintados nas cabeceiras das pistas, são referentes a direção da pista em relação ao norte magnético. Dando o exemplo da imagem acima, o número 33 indica que esta cabeceira está no rumo 330 do norte magnético de uma bússola e que o número 15, sendo a sua recíproca, indica que esta cabeceira está no rumo 150. Quando a direção apresenta um número quebrado, arredondamos para o próximo número múltiplo de 10, para mais ou para menos. As letras L,C e R aparecem ao lado dos números onde o aeroporto possui mais de uma pista, informando se a pista é da esquerda (left), central ou da direita (right).
Abaixo está um vídeo que mostra a força do vento influenciando nas operações das aeronaves.